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Temática: “Impactos das ferramentas de Inteligência Artificial sobre as estratégias de avaliação”
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Demos início aos encontros de 2025 com as contribuições reflexivas do profº Carlos da Silva Santos sobre os impactos da IA, em especial o Chat GPT, na rotina do trabalho docente e do aprendizado discente, no contexto de avaliação.
O profº Carlos atua na UFABC desde 2011 o que nos informa sobre sua atuação na instituição para além do contexto educacional, mas também sobre seus saberes de gestão e de pesquisa, revelando suas inquietações sobre os mais diversos aspectos que compõem a vida universitária.
Em destaque, o profº nos lembra que tratar do tema das Inteligências Artificiais na vida acadêmica também deve considerar a necessidade de reivindicarmos outros imaginários sociotécnicos que não privilegiam um certo determinismo tecnológico que nos encapsule em meios únicos e definitivos de usos dos recursos tecnológicos, no caso o GPT nos processos educacionais.
É premente ao considerarmos os processos avaliativos, em especial com o foco no ensino de Computação - área de atuação do profº Carlos -, seu índice de angústia ao nos depararmos como docentes na contradição entre expectativa e realidade do que foi idealizado como processo formativo e o que é exposto pelos estudantes no momentos avaliativos.
Tal índice adquire outros contornos quando nos deparamos com questionamentos sobre quais habilidades inegociáveis devem compor o percurso formativo de estudantes que estão lançando mão de recursos tecnológicos, como um modelo de IA, na construção de suas atividades e tarefas? O que afinal estamos avaliando? O uso adequado de uma sintaxe lógica de programação que pode ser escrita em papel almaço ou a capacidade de reconhecer uma construção mais complexa a partir do uso inicial dos recursos de IA naquilo que já deve ser considerado primário e inicial? Será que devemos criar dificuldades artificiais para que possamos avaliar se nossos estudantes estão mesmo compreendendo a origem dos conhecimentos a partir da exigência de não uso de recursos ou de um exame oral?
Estes e tanto outros questionamentos foram expostos ao longo das provocações expostas pelo profº Carlos desde uma necessária revisão do campo da Computação sobre o impacto em sua produção acadêmica e profissional, até mesmo nossa capacidade enquanto docentes de não reduzirmos nossos estudantes a operadores de prompts que não se interessam pela construção e obtenção do conhecimento. Não nos demos a tarefa de responder às questões feitas, mas saímos deste encontro certos de que o trabalho docente na interação com os recursos tecnológicos é desafiador e necessita de ainda mais diálogo e troca de experiências sobre o que já pode ser feito no dia a dia.
Em nome da equipe NETEL agradecemos aos presentes e ao profº Carlos pelo tempo e pela rica contribuição e convidamos para o próximo encontro que será em São Bernardo do Campo, dia 26/03 com a temática “Tecnologias livres e caminhos para usá-las eficazmente” conduzida pelo profº Jerônimo Pellegrini (CMCC)
Até o próximo café,
Equipe NETEL
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